O fato aconteceu nessa quinta-feira na Escola Municipal Padre Antônio Gabriel de Carvalho. Segundo a PM, o adolescente chegou na sala de aula falando em voz alta. A professora o repreendeu e pediu para ele baixar o tom de voz. Inconformado com a atitude da mulher, o jovem começou a xingá-la com palavras de baixo calão e acabou sendo mandado para fora de sala.
Nervoso, o adolescente foi até a casa dele, pegou uma faca e voltou para a escola. Quando chegou no local, ele foi abordado por dois funcionários que conseguiram fazer com que ele voltasse para casa para esfriar a cabeça. Porém, quando chegou a residência, descobriu que a professora havia ligado para o pai dele e relatado que tinha sido ameaçada de morte.
O jovem pegou outra faca e retornou para escola. Nesta segunda tentativa, a professora percebeu que o adolescente estava no local para atacá-la. Ela se trancou na sala da diretora e colocou uma mesa na porta para impedir a entrada. O suspeito viu a mulher correndo e conseguir encontrá-la. Ele começou a dar facadas na porta até conseguir entrar no local. Quando já estava dentro da sala, ele segurou os braços da professora e, segundo a polícia, a ameaçou dizendo: “Viu como sou capaz de te matar”. Alunos da escola flagraram a cena e conseguiram desarmar o jovem, que correu e se escondeu em uma mata. A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionadas e conseguiram detê-lo.
A professora sofreu alguns hematomas no braço e foi atendida em um hospital na cidade. Segundo a PM, ela passa bem.
Vontade de matar
Durante depoimento na delegacia, o adolescente contou que sua vontade era mesmo de matar a professora. “Ele disse que não gosta da professora e falou que queria matá-lo pelo fato de ela mandá-lo para fora de sala”, afirma a escrivã Daniela Borba. Um fato demonstrou a ira que o jovem estava. “No depoimento, ele contou que voltou umas quatro ou cinco vezes para tentar agredir a professora. E só não conseguiu matá-la, porque colegas conseguiram detê-lo”, diz.
Após ser ouvido, o adolescente foi entregue ao pai, pois em Mariana não há centro de internação para menores. “Entregamos ele ao pai mediante ao Termo de Compromisso de Entrega sob Guarda e Responsabilidade. Caso ele descumpra algum item do documento, os pais podem ser responsabilizados pelo crime”, explica a escrivã.
A Secretaria Municipal de Educação informou que o jovem já havia agredido fisicamente e verbalmente a mesma professora, porém não souberam precisar a data. Neste caso, o jovem foi expulso da escola, mas voltou depois de uma decisão do juiz da comarca.
Ainda segundo a secretaria, o jovem deve ser novamente expulso da escola.
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